Resenha | P.S. Eu Te Amo - Cecelia Ahern

Título: P.S. Eu Te Amo

Autora: Cecelia Ahern

Editora: Novo Conceito

Páginas: 368

Ano: 2012

Adicione: Skoob

Compare e Compre: Buscapé

Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada. Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca.

Holly e Gerry são um casal feliz, que aproveita ao máximo sua vida. Porém, a descoberta de um tumor no cérebro de Gerry fez a vida virar de ponta cabeça. Com o avanço da doença, Holly pediu demissão de seu emprego para poder cuidar de seu marido,que ficava cada vez mais fraco. Com sua morte, Holly entrou em uma profunda depressão e tristeza, e apenas dois meses após conseguiu começar a sair do fundo do poço.

'' Gerry havia partido para nunca mais voltar. Era a realidade. Ela nunca mais passaria os dedos por seus cabelos macios, nunca mais dividiria com ele uma piada à mesa de um jantar com amigos, nunca mais reclamaria para ele quando chegasse em casa depois de um dia duro no trabalho, carente de um abraço, nunca mais dormiria na mesma cama que ele, nunca mais acordaria com o ataque de espirros dele de manhã, nunca mais riria com ele até barriga doer, nunca mais brigaria com ele para decidir de quem seria a vez de se levantar e apagar a luz do banheiro. Só restaram um monte de lembranças e a imagem do rosto dele que se tornava mais vaga a cada dia.''

Gerry havia feito uma lista. Ela não acreditava que tal façanha fosse possível, pois nos últimos meses de vida, Holly jamais saiu do lado dele ou percebeu que ele estivesse fazendo algo do tipo. Toda a ideia da lista começou apenas como uma brincadeira, uma lista de coisas que Holly não deveria esquecer de fazer caso não estivesse mais com Gerry. Toda essa brincadeira aconteceu antes da descoberta do câncer e, sendo assim, a supresa foi tamanha por não acreditar que ele seria capaz de fazer isso.

'' - Então, por que não deixa uma lista, em seu testamento, das coisas que quer que eu faça se acha que sou tão incompetente sem você?
- Não é uma má ideia – disse ele rindo. ''

A lista é muito importante para Holly, pois é o único tipo de ligação que restou do marido após sua morte. Gerry escreveu uma mensagem para cada mês, que deve ser seguida a risca por sua esposa. Apesar de sentir-se insegura em alguns momentos com algumas tarefas que ele lhe deixou, Holly sabe que pode contar com a ajuda de sua família, seus irmãos, suas melhores amigas Sharon e Denise além de John, marido de Sharon e melhor amigo de Gerry.

O livro consegue trazer muitas lições de vida e nos fazer refletir. Enquanto Holly estava em seu casulo de tristeza, ela não tinha percepção do que estava acontecendo ao seu redor. A dor da perda é algo realmente duro que atinge e nos deixa devastados. Levantar a cabeça e tocar a vida em frente é uma decisão que tem de ser tomada em algum momento. Essa evolução é perceptível na personagem durante o decorrer da história, pois através das cartas Gerry desafia Holly a arriscar-se, a sentir-se mais confiante e desinibida, e lhe ensina a buscar seus sonhos, não importa o quão impossível seja alcançá-los.

A autora soube explorar e desenvolver a história dos personagens secundários, de modo que apesar de o foco estar sendo Holly, a vida de seus irmãos e amigas também foi desenvolvida e ganhou destaque. No conjunto da obra, Cecelia fez um ótimo trabalho e conseguiu destacar o papel da família em todo esse processo.

A leitura não me envolveu tanto quanto eu esperava. A maioria dos comentários que eu havia lido sobre o livro me deixavam ansiosa a respeito da obra, porém minha alta expectativa acabou colaborando para que eu me decepcionasse um pouco com a história.

É uma história de amor e superação que tem um final inesperado, sem dúvidas, e que conseguiu me fazer refletir sobre diversos aspectos. Quando a gente acredita estar na pior, temos que perceber que não somos os únicos com problemas no mundo.