17 de junho de 2014

Semana A Garota da Casa Grande | Entrevista - Amanda Marchi

Olá galera.
Nesse segundo dia da Semana Especial eu trouxe uma entrevista com a autora Amanda Marchi. Espero que aproveitem!

Quando e como surgiu essa sua paixão por livros?
Eu não lembro o primeiro livro que li, na verdade a primeira memória que eu tenho era de estar lendo foi Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban na terceira série, antes do filme lançar. Depois disso eu não parei, mas não lia tanto quanto hoje. Comecei a ler de verdade em 2009.

Qual foi sua maior inspiração para escrever o livro?
Inspiração eu não sei, mas o ‘ponta pé’ foi um concurso literário. Era um concurso para livros inéditos escrito em língua portuguesa, em Portugal. Eu escrevi a maior parte do livro nos últimos 3 meses para conseguir participar, e acabei nem conseguindo. O livro começou como um conto, era para ter poucas páginas, mas acabou que a história que eu tinha bolado ia ficar grande demais.

O livro retrata bem esse preconceito que as pessoas tem contra os homossexuais. O que você pensa a respeito desse preconceito existente em nossa sociedade? 
Acho algo extremamente retrógrado, como qualquer tipo de preconceito. As pessoas tem muito medo daquilo que é diferente, e, para se defenderem, acabam entrando em posição de ataque – mesmo que seja algo que nunca poderá te machucar. Não posso dizer que eu passei por muito preconceito, por que não passei. Só consigo me lembrar de algumas poucas ocorrências, de gente comentando na rua, mas coisas que realmente não me incomodaram e eu nem dei bola. Mas já ouvi tantos relatos inacreditáveis... Tentei passá-los do melhor jeito possível no livro.

Como foi todo o processo de escrita do livro? Quanto tempo levou para terminá-lo?  
Foi um processo lento. Levou 1 ano e seis meses para escrever, mas quase metade deste tempo foi aquele branco de criatividade. Como disse antes, a maior parte do livro foi escrita nos últimos 3 meses do processo. 

Foi difícil encontrar uma editora que apoiasse seu projeto? 
Incrivelmente não. A Editora Novo Século foi a minha primeira tentativa. Na verdade, eu fiz mais por zuação, não achei realmente que daria em nada. Tive sorte que a minha família me apoiou. Mas no próximo livro estarei procurando por outras editoras. 

Que conselho você daria a todos os escritores que estão iniciando suas carreiras?
Diria para continuar escrevendo, e sempre revisar e se cobrar o seu melhor possível. E não desista, mesmo que nenhuma editora te aceite. Há outras maneiras de se pulicar um livro.
 
É possível viver da escrita?
Bom, possível é né, mas extremamente difícil (risadas). Temos alguns raros casos. Para falar a verdade, a única pessoa no ‘Brasil’ que conheço que vive da escrita é o Paulo Coelho. Não sei se esses autores mais modernos também vivem, nunca pesquisei. Me refiro a André Vianco, Raphael Draccon, Paula Pimenta, Eduardo Spohr e outros.

Já temos livro novo à vista? Se sim, pode nos contar um pouco mais sobre o projeto?
Sim, tem (risadas) mas ele está extremamente no começo. E como é bem mais complexo, com certeza demorará bem mais tempo. Devo ter quase 50 páginas prontas apenas, já perdi a conta de quantas vezes já o revisei até aí. Para contar um pouquinho, conta a vida de vários personagens após um grande acontecimento na cidade em que vivem. Eu comparo como se fosse uma dessas novelas (não, eu não assisto novela, eu nem assisto TV), um entrelaçado de personagens, cada um com a sua história e seu núcleo, ao redor de um grande núcleo.

Deixe um recado para seus leitores.  
Bom, agradeço àqueles que leram o livro e acompanham minha página e blog (onde eu também posto contos), e espero que essa entrevista tenha dado vontade de conhecer o meu trabalho.

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