Título: Óculos, Aparelho e Rock'n'roll
Autor: Meg Haston
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Ano: 2012
Adicione: Skoob
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Super-rigorosa e cheia de estilo, Kacey Simon dita as tendências na
escola Marquette. Ela anda com as garotas mais bonitas e populares e tem
seu próprio programa de TV no canal do colégio, dando conselhos e
explicando para seus colegas a verdade nua e crua - quer eles queiram
ouvir, quer não.
Mas então uma infecção ocular e uma visita ao dentista deixam Kacey com
óculos fundo de garrafa, a boca cheia de metal e... a língua prefa.
Rejeitada pelos amigos populares, ela despenca da pirâmide social de
forma tão dramática que fica difícil enxergar o topo, mesmo com aquelas
duas lentes de aumento no rosto.
Sem ter mais a quem recorrer, Kacey começa a andar com uma vizinha nerd e
um garoto que leva a vida num ritmo próprio - na verdade, no ritmo do
baterista de sua banda. Ele a quer como sua vocalista, mas ela está
decidida a recuperar seu trono. Será que Kacey vai alcançar o topo
novamente? Ou vai descobrir que chegar ao fundo do poço meio que é... o
máximo? Nesse divertidíssimo romance, Meg Haston conta a história de uma
garota malvada que, com um bom par de óculos, passa a enxergar melhor
não só as coisas, mas também a vida.
Kacey Simon está no topo da
pirâmide social da Escola Marquette. Conhecida por ditar tendências
e por falar a verdade as pessoas, Kacey é dona do seu próprio
programa na TV Marquette, aconselhando os alunos através dos recados
que lhe mandam.
O problema é que Kacey é
verdadeiramente honesta no que diz a todos, acabando por ferir os
sentimentos das pessoas sem perceber por diversas vezes. Sendo assim,
ela é vista como malvada por todos. Ao cair na pirâmide social
devido aos óculos e aparelho, Kacey se vê obrigada a andar com sua
amiga de infância Paige, e Zander, o vocalista da banda Gravity.
Kacey acaba tendo problema de
língua presa com o uso do aparelho, e esse problema é relatado
muito bem nas falas de Kacey, fazendo a história ser ainda mais
engraçada.
'' - Eu fou Kayfe Fimon.
Meu coração subiu até a garganta. Peraí. Havia alguma coisa errada. Certo, só preciso enuuuuuunciar, como Sean sempre dizia nos ensaios. Tomada dois.
- Eu fou Kayfe Fimon – repeti, dessa vez mais alto.
Meu sangue ficou mais gelado do que sobra de frango-xadrez. Não. Não era possível.''
Meg conseguiu retratar muito bem
a hierarquia social presente nos colégios. Enquanto Kacey está no
topo ela não liga pra Paige, pois a considera inferior. E quando
elas voltam a se relacionar, Paige consegue abrir os olhos dela para
os verdadeiros fatos que as separaram, fazendo-a analisar algumas
situações com outros olhos a partir desse momento.
O livro também tem uma mensagem
sobre as verdadeiras amizades. Todos temos amizades por conveniência,
e é apenas uma questão de tempo até descobrirmos quem as pessoas
são verdadeiramente, e quem estará conosco acima de tudo. Isso me
chateou nas atitudes de Kacey, pois mesmo descobrindo o que suas
amigas pensavam, ela ainda queria voltar para o grupo
e fazer o papel da velha Kacey, porém, algumas atitudes que ela toma
no final do livro mostram que ela conseguiu amadurecer em relação a
isso.
No fim, a história traz aquele
''que'' de superação, mostrando que quando queremos algo basta
apenas nos esforçarmos e correr atrás do que almejamos, pois nada
vem sem esforço e vontade própria.
''Ao menos desta vez Paige estava certa. O problema era maior do que conseguir meu papel de novo. Foi o que Sean tinha dito no ensaio da semana passada: a vida imita a arte. E isso significa que, se eu era forte o suficiente para retomar meu papel no musical, eu certamente era forte o suficiente para reassumir o controle da minha vida. Eu podia ter minhas amigas de volta, meu paquera de volta e, o melhor de tudo, meu público de volta.''
O livro é clichê como um filme
de Sessão da Tarde. Esse clichê foi o que acabou fazendo eu não
apreciar muito a obra. Eu esperava que o livro trouxesse algo
diferente, mas apenas tem-se aquela típica relação de uma
adolescente em apuros na pirâmide social da escola, fazendo de tudo
para voltar ao seu posto de abelha rainha.
O livro fez parte da II Maratona Literária #EuSouDoideira, que consistia em escolher, ao fim da leitura, uma música que se relacione com o livro. Ao pensar em Sessão da Tarde lembro-me de Hannah Montana. Minha escolha musical foi Nobody's Perfect da Miley Cyrus, sendo que, a meu ver, a letra relaciona-se com as atitudes de Kacey.
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