11 de agosto de 2014

Resenha | Óculos, Aparelho e Rock'n'Roll - Meg Haston


Título: Óculos, Aparelho e Rock'n'roll
Autor: Meg Haston
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Ano: 2012
Adicione: Skoob
Compare e Compre: Buscapé

Super-rigorosa e cheia de estilo, Kacey Simon dita as tendências na escola Marquette. Ela anda com as garotas mais bonitas e populares e tem seu próprio programa de TV no canal do colégio, dando conselhos e explicando para seus colegas a verdade nua e crua - quer eles queiram ouvir, quer não.

Mas então uma infecção ocular e uma visita ao dentista deixam Kacey com óculos fundo de garrafa, a boca cheia de metal e... a língua prefa. Rejeitada pelos amigos populares, ela despenca da pirâmide social de forma tão dramática que fica difícil enxergar o topo, mesmo com aquelas duas lentes de aumento no rosto.

Sem ter mais a quem recorrer, Kacey começa a andar com uma vizinha nerd e um garoto que leva a vida num ritmo próprio - na verdade, no ritmo do baterista de sua banda. Ele a quer como sua vocalista, mas ela está decidida a recuperar seu trono. Será que Kacey vai alcançar o topo novamente? Ou vai descobrir que chegar ao fundo do poço meio que é... o máximo? Nesse divertidíssimo romance, Meg Haston conta a história de uma garota malvada que, com um bom par de óculos, passa a enxergar melhor não só as coisas, mas também a vida.

Kacey Simon está no topo da pirâmide social da Escola Marquette. Conhecida por ditar tendências e por falar a verdade as pessoas, Kacey é dona do seu próprio programa na TV Marquette, aconselhando os alunos através dos recados que lhe mandam.

O problema é que Kacey é verdadeiramente honesta no que diz a todos, acabando por ferir os sentimentos das pessoas sem perceber por diversas vezes. Sendo assim, ela é vista como malvada por todos. Ao cair na pirâmide social devido aos óculos e aparelho, Kacey se vê obrigada a andar com sua amiga de infância Paige, e Zander, o vocalista da banda Gravity.

Kacey acaba tendo problema de língua presa com o uso do aparelho, e esse problema é relatado muito bem nas falas de Kacey, fazendo a história ser ainda mais engraçada.
'' - Eu fou Kayfe Fimon.
Meu coração subiu até a garganta. Peraí. Havia alguma coisa errada. Certo, só preciso enuuuuuunciar, como Sean sempre dizia nos ensaios. Tomada dois.
- Eu fou Kayfe Fimon – repeti, dessa vez mais alto.
Meu sangue ficou mais gelado do que sobra de frango-xadrez. Não. Não era possível.''

Meg conseguiu retratar muito bem a hierarquia social presente nos colégios. Enquanto Kacey está no topo ela não liga pra Paige, pois a considera inferior. E quando elas voltam a se relacionar, Paige consegue abrir os olhos dela para os verdadeiros fatos que as separaram, fazendo-a analisar algumas situações com outros olhos a partir desse momento.

O livro também tem uma mensagem sobre as verdadeiras amizades. Todos temos amizades por conveniência, e é apenas uma questão de tempo até descobrirmos quem as pessoas são verdadeiramente, e quem estará conosco acima de tudo. Isso me chateou nas atitudes de Kacey, pois mesmo descobrindo o que suas amigas pensavam, ela ainda queria voltar para o grupo e fazer o papel da velha Kacey, porém, algumas atitudes que ela toma no final do livro mostram que ela conseguiu amadurecer em relação a isso.

No fim, a história traz aquele ''que'' de superação, mostrando que quando queremos algo basta apenas nos esforçarmos e correr atrás do que almejamos, pois nada vem sem esforço e vontade própria.
''Ao menos desta vez Paige estava certa. O problema era maior do que conseguir meu papel de novo. Foi o que Sean tinha dito no ensaio da semana passada: a vida imita a arte. E isso significa que, se eu era forte o suficiente para retomar meu papel no musical, eu certamente era forte o suficiente para reassumir o controle da minha vida. Eu podia ter minhas amigas de volta, meu paquera de volta e, o melhor de tudo, meu público de volta.''

O livro é clichê como um filme de Sessão da Tarde. Esse clichê foi o que acabou fazendo eu não apreciar muito a obra. Eu esperava que o livro trouxesse algo diferente, mas apenas tem-se aquela típica relação de uma adolescente em apuros na pirâmide social da escola, fazendo de tudo para voltar ao seu posto de abelha rainha.

O livro fez parte da II Maratona Literária #EuSouDoideira, que consistia em escolher, ao fim da leitura, uma música que se relacione com o livro. Ao pensar em Sessão da Tarde lembro-me de Hannah Montana. Minha escolha musical foi Nobody's Perfect da Miley Cyrus, sendo que, a meu ver, a letra relaciona-se com as atitudes de Kacey.

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